os grandes não olharam os céus. olharam-se vagamente uns aos outros. orgia de palavras, tilintar de copos, roupas leves. nada de sobressaltos que afinal a vida são dois dias. dois minutos. dois segundos, menina?
a morte estava na casa para onde apontara o arco-íris. uma alma espraiou-se até ao mar em mistura com o esplendor do céu. os dois foram um só.
houve muito barulho. tanto que me estoiravam os ouvidos. tive vontade de ter o poder de silenciar aquela vozearia. histeria calculada. fria. jogada a poker.
agora há ainda que esperar.
mas só um menino que com ela brincou ainda acredita. - os meninos têm de acreditar em qualquer coisa ou em alguém - que ela voltará para brincar na praia.

para ele ela virá?
- ainda não. deixa-me agora. tenho sono. um sono sem vontade de acordar.
1 comentário:
Calamus
Gostei daqui...um espaço com harmonia.
espero que continues.
della-porther
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